A Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados da escravidão contemporânea no Brasil em 2022. Confira abaixo o parâmetro para todo o país.
O trabalho escravo contemporâneo existe e pode ser encontrado em residências, nas praias, restaurantes, grandes eventos, comércio, carvoarias, plantações de cana e café, cultivo de frutas e itens de luxo, na construção civil e em tantos outros lugares. O balanço de 2022 foi publicado no dia 24 de janeiro de 2023, data próxima ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (28 de janeiro). Separamos as informações mais importantes abaixo!
-
- Situação Geral:
Com os dados de 2022, o Brasil soma mais de 60 mil pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão desde 1995, quando o Grupo de Fiscalização Móvel começou sua atuação.
Minas Gerais foi o estado com maior número de ações de fiscalização: 117, resgatando 1.070 trabalhadores em todo estado. Em seguida estão Goiás, com 49 ações fiscais, e Bahia, com 32.
82% do número total dos resgates foram na área rural. Já na área urbana, foram 200 resgates durante 2022: 68 resgates na construção civil, 63 em restaurantes, 39 na confecção de roupas e 30 no trabalho doméstico.
-
- Perfil dos trabalhadores resgatados:
83% dos trabalhadores resgatados se autodeclaram negros ou pardos, 15% brancos e 2% indígenas.
51% residem na região Nordeste e outros 58% são naturais dessa região.
92% são homens. Deles, 29% têm entre 30 e 39 anos.
148 trabalhadores resgatados são migrantes, o dobro com relação a 2021: 101 paraguaios, 25 bolivianos, 14 venezuelanos, 4 latinos e 4 argentinos.
-
- Trabalho Infantil:
35 crianças e adolescentes foram resgatados de trabalho escravo.
10 são menores de 16 anos e 25 têm entre 16 e 18 anos.
O cultivo de café foi a atividade com mais resgates de crianças e adolescentes.
O trabalho escravo infantil foi encontrado também em: atividades esportivas, confecção de roupas, produção florestal, cultivo de arroz, criação de bovinos, produção de carvão vegetal, entre outros.
DENUNCIE!
Ministério Público do Trabalho (MPT): https://peticionamento.prt1.mpt.mp.br/denuncia
Sistema Ipê: https://ipe.sit.trabalho.gov.br/#!/